Atlas RSU

O Atlas da Disposição Final dos Resíduos Sólidos Urbanos Municipais Brasileiros teve sua primeira versão publicada pela extinta ABETRE – Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e de Efluentes em 2020.
O Instituto Valoriza Resíduos by ablp, sucessor da ABLP – Associação Brasileira de Limpeza Pública sempre contribuiu com informações relevantes, de modo a dar continuidade nas atualizações trimestrais.

Quando iniciamos a elaboração do Atlas RSU, encontramos um quadro bastante caótico em termos de informações. O Brasil carece de dados. No nosso setor de resíduos sólidos, o Instituto Valoriza Resíduos by ablp tem procurado contribuir de forma positiva para encontrar caminhos que possam nos oferecer informações mais precisas sobre a nossa realidade.

O grande banco de dados, o SNIS é uma boa ferramenta, mas depara-se com a falta de sequência de informações, ou seja, nem sempre o município que responde em determinado ano, volta a responder no ano seguinte e, assim, sucessivamente. Cria uma instabilidade nos dados. É um banco de dados onde os municípios brasileiros oferecem informações declaratórias; o agente público escalado para o preenchimento dos questionários, nem sempre, as têm na profundidade que se deseja. De todas as maneiras é no SNIS que podemos encontrar o maior volume de informações embora seja, muito mais água e esgoto do que resíduos sólidos.

Por este motivo mudamos a nossa metodologia e no SNIS buscamos o novo marco zero deste levantamento. O Instituto Valoriza Resíduos by ablp tinha contabilizado, ao final de 2018, o número de 3.257 lixões existentes no país. Já a nossa coirmã, ABRELPE registrou em seu Panorama 2018/2019 o número de 3.001 lixões:

(fonte: página 19, Panorama Abrelpe, 2018/2019)

No levantamento que fizemos, a partir de novembro/2020, havíamos partido do número de 3.257 lixões. A disponibilidade de números que não são coincidentes, abre, naturalmente, questionamentos.

O Diagnóstico do SNIS apresenta os seguintes resultados:

Há que considerar que não necessariamente, como pode ser visto na tabela acima e no anexo ao final deste prefácio, os mesmos municípios compareceram às respostas nos últimos 5 anos.

Agora em 2025 através da pesquisa feita pelo Instituto Valoriza Resíduos by ablp fomos, um a um, verificando o “status quo” atual.

Análise por Região Brasileira:

1 Aterro Sanitário Municipal
2 Aterro Sanitário Privado
3 Aterro Sanitário Consórcio
4 Unidade de Triagem e Compostagem
Análise por Estado Brasileiro:
1 Aterro Sanitário Municipal
2 Aterro Sanitário Privado
3 Aterro Sanitário Consórcio
4 Unidade de Triagem e Compostagem

Quando realizado o acesso ao Atlas, a fonte das informações é detalhada por município para que fique clara a idoneidade do dado apresentado.

No quadro final SNIS 2018 x IVR 2025, 2º trimestre, o realce que se dá a cada município indica a mudança de status ao longo do tempo chegando finalmente à conclusão.

Considerou-se que, neste levantamento, a situação atual de cada município, é aquela indicada pelos órgãos ambientais estaduais. Ocorre, sim e não podemos deixar de considerar, que o órgão ambiental tem uma informação que às vezes colide com o próprio município. Nós consideramos a informação do órgão pois, na grande maioria, é Ele quem licencia os empreendimentos.

Assim, a conclusão que se chega é que, com base no SNIS 2018, o País fechou um total de 1.408 lixões, entre 2019 e o 2º trimestre de 2025. É um número expressivo, mas que precisa melhorar e erradicar, por completo, os lixões existentes.

De acordo com os dados apresentados, ainda temos 1.862 municípios que dispõe os resíduos inadequadamente, correspondendo à 33,42% do total.

Considerando a população IBGE 2022 e que cada habitante gera cerca de 0,85 kg/dia, vemos que 82,20% dos resíduos urbanos gerados nos municípios brasileiros recebe a disposição ambientalmente adequada, enquanto 17,80% ainda recebe disposição final inadequada em lixões.

Neste 2º trimestre alteramos a legenda dos municípios que têm aterro controlado para lixão, porque  entendemos que ambos não atendem tecnicamente a legislação vigente, que exige a disposição final dos rejeitos em aterro sanitário. 

De registrar que nosso trabalho é TÉCNICO e o que se deseja alcançar com este ATLAS é retratar a realidade da erradicação dos lixões no Brasil, que se arrasta por décadas.

Informando, esperamos que cada autoridade municipal sinta que a obrigatoriedade dada por lei existe e que o não cumprimento é uma falta grave legal. Esperamos que as autoridades responsáveis tomem ações para obrigar a erradicação. É preciso que a população fique alerta à conscientização e preservação do meio ambiente e que os governantes assumam o compromisso da correta gestão e encaminhamento final dos resíduos sólidos.

Há várias rotas tecnológicas capazes de substituir os lixões. O Instituto Valoriza Resíduos defende todas elas, mas entende que, operação dos aterros sanitários, uma obra complexa de engenharia, oferece, em menor custo, soluções tecnológicas para receber e processar os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), chamado de lixo urbano, destinando de modo adequado aquela fração determinada pela PNRS, os rejeitos.

“Que o meio ambiente seja comemorado todos os dias”: “Os lixões, que muitas vezes são disfarçados de aterros controlados, como são comumente chamados, como forma de mascarar os danos ambientais, são locais onde a destinação final ocorre de maneira desordenada e sem tratamento, causando prejuízos ambientais e à saúde das pessoas”.

Para disponibilizar um panorama da realidade brasileira, O Instituto Valoriza Resíduos by ablp disponibiliza o Atlas Brasil da Disposição Final dos Resíduos Sólidos Urbanos.

O Atlas RSU é atualizado à medida que encontrarmos, trimestralmente, ou recebermos atualizações, por este motivo caso tenha conhecimento de dados diferentes dos apresentados, solicitamos o envio das informações ao IVR através do e-mail contato@valorizaresíduosbyablp.org.br. Sua contribuição será importante para que o exposto reflita a realidade.

Em tempo, cabe esclarecer que a partir de Janeiro de 2025 o Brasil passou a ter 5.571 municípios. Boa Esperança do Norte, localizado no Mato Grosso não está representado no ATLAS RSU, no entanto realiza disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos em aterro sanitário privado localizado em outro município. 

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(11) 3266-2484

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